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A importância da governança corporativa em empresas familiares

As empresas familiares têm encontrado na governança um modelo para que seus negócios sejam perenes.

No último mês, o consultor e sócio fundador da Partner Consulting do Brasil, Rui Rocha, concedeu entrevista para a revista HSM Management, publicada na edição nº 132.

A reportagem trata das necessidades das empresas para seus conselhos e mostra o caminho até a cadeira de conselheiro. A entrevista foi realizada com foco na governança e na atuação do conselheiro em empresas familiares. Confira antes o contexto das empresas familiares no Brasil. Assista o vídeo a seguir:

Abaixo o conteúdo completo da entrevista e, no final na matéria, o link para a revista digital. Leia:

EMPRESAS FAMILIARES NO BRASIL

As empresas familiares brasileiras vivem o desafio de encontrar o melhor profissional para ser o sucessor do fundador - seja um familiar com competência e vocação para os negócios ou um executivo do mercado. Segundo mapeamento realizado pelo IBGE, esse é o contexto em que vive a maioria das empresas brasileiras, já que mais de 90% possuem controle familiar.

Quando o assunto é sucessão, essa mesma pesquisa aponta que apenas 30% chegam à segunda geração e somente 5% chegam à terceira. Com isso, explica-se o fato de o número de empresas brasileiras que passaram a pensar em sucessão ser cada vez mais expressivo.

O PAPEL DA GOVERNANÇA E DO CONSELHO EM EMPRESAS FAMILIARES

Em um processo de governança corporativa, o papel do conselho de administração é fundamental. Em empresas familiares, o conselheiro lida com questões intangíveis mais do que em empresas não familiares, e emprega muito do seu tempo com as relações interpessoais e a gestão dos conflitos, pois os interesses dos integrantes da família divergem bastante, principalmente quando a família empresária é numerosa. Até que o processo de governança esteja consolidado, nenhuma mudança estrutural ocorre sem muita discussão, argumentação, oscilações de decisões e posicionamentos, e, com isso, o tempo de consolidação do processo tende a ser mais lento, e acontece conforme avança a maturidade e a compreensão do processo por parte dos membros da família.

“Auxiliar no processo sucessório sem causar rupturas na família e nos negócios também é, sem dúvida, uma das principais atribuições de um conselheiro de empresa familiar”, explica Rui Rocha. Segundo ele, a sucessão nessas empresas leva em consideração vários aspectos que não são somente os técnicos voltados para as competências e habilidades da gestão, mas também as questões emocionais e o relacionamento entre os integrantes da família.

Diante dos desafios da governança em empresas familiares vale ressaltar que é extremamente recomendável que o conselheiro tenha maturidade emocional, além de ser profundo conhecedor do comportamento e relações humanas, tenha pensamento estratégico e atue como facilitador, transmitindo segurança aos integrantes da família. “Se falarmos em competências e habilidades, as principais são a capacidade de gerenciar conflitos de toda natureza, relacionamento interpessoal, objetividade e orientação para os resultados e com profundo conhecimento das melhores práticas de gestão empresarial”, comenta o consultor. Segundo Rui Rocha ainda, essas competências não são citadas nas teorias existentes, mas pela sua experiência, são fatores críticos para o sucesso da implantação do processo de governança.

O MODELO DE CONSELHO CONSULTIVO PARA EMPRESAS FAMILIARES

“Nas empresas familiares de capital fechado é mais comum o modelo de Conselho Consultivo, onde os integrantes da família que possuem participação acionária fazem parte do conselho, em conjunto com conselheiros especialistas em áreas específicas, como finanças, gestão, jurídico, entre outras”, salienta Rui Rocha. Na medida que a empresa familiar vai amadurecendo e com isso as práticas de gestão se consolidando, pode ocorrer que os membros da família definam conselheiros de mercado para serem seus representantes nas reuniões, deste modo, migrando para o modelo de conselho de administração.

HERDEIROS NO CONSELHO

Há um tempo é comum encontrarmos herdeiros participando de conselhos, quer seja consultivo ou de administração. Para que isso ocorra de maneira benéfica, “sempre que um herdeiro queira participar do conselho, ele deve ser preparar, passando por capacitação específica para essa finalidade”, ressalta Rui Rocha. O consultor ainda orienta que além dos treinamentos é requerido que o membro tenha o perfil adequado e com isso consiga representar seu ramo familiar dentro do conselho.

LONGEVIDADE: O DESAFIO DAS EMPRESAS FAMILIARES

“A representatividade das empresas familiares no Brasil é muito grande, são cidades e regiões no país que nem mesmo conhecemos, com verdadeiros impérios em negócios. O desafio para o futuro é que essas empresas encontrem na governança um modelo para que seus negócios sejam perenes, longevos e, além de tudo, que o legado que as fizeram crescer se mantenha, e, por outro lado, que as futuras gerações de herdeiros e acionistas consigam estabelecer o seu próprio legado”, explica Rui Rocha.

Hoje se fala muito em governança corporativa como uma solução eficaz para o processo de transição do poder entre membros de uma mesma família e, cada vez mais, percebe-se que os fundadores têm buscado fazer o processo de sucessão para que seus negócios não se percam. “Com certeza um grande desafio para todos, conselheiros e familiares, no entanto, a causa é nobre, então vale todo o esforço para que tenhamos empresas organizadas e estruturadas em seus modelos de gestão”, finaliza Rui Rocha.

Revista Digital HSM Management nº 132

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